Da 1.0 :: Fernando Álvarez, chefe de Tecnologia na República AFAP conta o antes e o depois do GeneXus |
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“Tinha a sensação de estar sendo a vanguarda de algo importante que ia acontecer” |
No ano 1989, eu trabalhava na empresa De Larrobla & Asociados e convidaram-nos para uma demo no 4° andar do prédio na esquina da Avenida 18 de Julio com a rua Minas (Montevidéu), o primeiro escritório da Artech.
Lembro Breogán fazendo a clássica demo de faturamento. E eu, que vinha programando “à mão”, fazia vários anos, fiquei impactado com a normalização automática da base de dados. Nesse momento, disse para mim “por que não inventaram algo assim antes? Quanto trabalho eu teria poupado!”.
Depois assisti ao I Encontro GeneXus, embora fôssemos muito poucos -não sei se chegávamos a cem- de alguma forma tinha essa sensação de estar sendo a vanguarda de algo importante que ia acontecer.
Lembranças de quando ainda não existia a Internet
No começo da década de 90, já tinha deixado de programar e me desempenhava como Engenheiro de Sistemas em De Larrobla & Asociados.
Naqueles dias prévios à conformação da Bantotal nos dedicávamos ao negócio da venda de computadores IBM AS/400, com o valor agregado de consultoria e desenvolvimento de software. Minha tarefa consistia em oferecer assessoramento pré e pós venda, ajudando o cliente a escolher o computador mais adequado as suas necessidades. Também, encarregava-me de instalar e configurar os computadores IBM AS/400 que vendíamos, e de capacitar os clientes.
Nos meses do verão, quando as vendas diminuíam, passei várias temporadas trabalhando para a Artech, ajudando Gustavo Proto na automação da passagem a AS/400 do código fonte gerado no PC pelo GeneXus, sua compilação e entrada em produção. E, dentre outras coisas, colaborei com a automação da exportação de reorgs de AS/400 de desenvolvimento -das casas de software aos de produção- dos clientes. Lembro com muito carinho os almoços na velha cozinha do escritório da 18 de Julio esquina Minas, junto com Breogán Gonda, Nicolás Jodal, Gustavo Proto, J.J Mastropietro, Karina Santo.
Eram dias em que não existia a Internet, e ainda conservo vívida a lembrança de Nicolás Jodal falando muito animado sobre um livro que ele tinha lido: “Neuromancer”, novela de ficção científica de William Gibson que falava do cyberespaço. Toda uma profecia do que viria depois.
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