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Artech aposta em automatizar software

Artech têm um pouco do caráter de defesas de teses acadêmicas. O objetivo é que uma boa idéia, não importando quem seja seu autor, fique melhor com as contribuições de todos, enquanto as más sejam devidamente descartadas.
"As reuniões são duras. Todos tentam derrubar sua idéia", afirma o presidente e co-fundador, Breogán Gonda, dizendo que uma idéia levantada por alguém que entrou na empresa há duas semanas possui o mesmo peso de uma contrária defendida por um dos fundadores. "Não queremos perceber só dois anos depois que era ele quem estava certo e não eu".

Para evitar armadilhas como essa a empresa criou um organograma que considera "bastante plano", em que a distância das pessoas nunca ultrapassa os três graus hierárquicos.

A Artech conta com a explosão de demanda por um sistema que teria o potencial de mudar a cara do segmento de TI e do perfil dos profissionais de programação de software. Mesmo com 250 funcionários e cerca de R$ 130 milhões de faturamento, a empresa conseguiu o feito de reunir em um evento em São Paulo 400 pessoas e levar 3 mil empresas anualmente a Montevidéu para discutir um tema árido, tecnologia de desenvolvimento de software.

Nascida em 1988 no Uruguai - que se estabelece como uma opção para onde prestadoras de serviços de TI estão migrando mão-de-obra em busca de menores custos, mas que ainda está longe de ser uma potência tecnológica -, a Artech tem como segredo para atrair atenção o produto que comercializa, o Genexus. É uma ferramenta para automatizar o desenvolvimento de software, hoje um processo que exige alto grau de conhecimento técnico e um trabalho quase artesanal de escrever milhares de linhas de código.

Em 1995, com a chegada da internet, o trabalho do desenvolvedor passou por uma revolução, uma vez que ele precisou criar programas cada vez mais rapidamente e sempre mais simples de serem usados pela maior quantidade possível de pessoas. Para parecerem mais simples, os produtos passaram a exigir uma complexidade interna muito maior.

Segundo Gonda, tudo isso levou a dois problemas mais sérios para as empresas, ainda não resolvidos por completo: o aumento do custo do desenvolvimento e do tempo gasto com isso.

Para contornar a questão financeira, as empresas passaram a migrar a mão-de-obra para países com salários mais baixos, o que permitiu a ascensão da Índia no setor, e uma oportunidade que países como China, Rússia, Brasil e Uruguai buscam também aproveitar. O mercado de terceirização internacional de serviços de TI - dominado pela prestação de serviços de desenvolvimento, - deve movimentar US$ 70 bilhões este ano, sendo que 50% do valor devem ir para a Índia.
Já pelo aspecto de diminuição do tempo de programação, poucos avanços foram feitos, defende Gonda, e os projetos usualmente são terminados com atraso.

A aposta da Artech é que essas questões perturbem suficientemente as empresas, em especial as voltadas para a fabricação de software, para que ocorra uma grande demanda por automatização de desenvolvimento, um mercado ainda pequeno.

Gonda não espera que os empregos do desenvolvedores desapareçam, se a explosão de demanda ocorrer, mas que o trabalho de cinco pessoas possa ser feito por uma e muito mais projetos que hoje são deixados de lado por falta de recursos ou por não serem a principal prioridade possam ser levados em consideração.

A Artech tem outra característica ímpar. "Somos uma empresa conservadora", diz. Ela não aceita capital de risco. Um dos motivos para isso é poder gastar o quanto deseja em pesquisa. "Investidor de risco tem muita pressa", afirma. "Nosso custo de investimento é muito alto. Ele pode pensar que estamos malucos, que estamos pesquisando por pesquisar. Pode se dizer que somos um pouco malucos por estar apostando num estouro de demanda. Mas acho melhor arriscar e isso não acontecer do que, depois que a explosão vier, não estarmos preparados para atender aos pedidos."

O esforço para manter a postura de ser o próprio banqueiro se reflete em ser um pouco espartano financeiramente e em adotar estratégias agressivas de crescimento. A filosofia de Gonda é que faturar mais agora não vai garantir bons resultados no futuro.

A empresa chega a 32 países com operações próprias ou de parceiros e tem 5,5 mil clientes, como a gigante indiana Tata Consultancy Systems (TCS), que usam seu produto em mais de 60 países. "Por sermos de um país pequeno, estamos desde o primeiro dia voltados ao mercado internacional", afirma Gonda, mas isso não significa a instalação de escritórios sem perceber uma grande demanda. Hoje ela possui estrutura própria em Montevidéu, São Paulo, Cidade do México, Chicago e Tóquio, além de estar preparando uma filial formal na China.

(Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 5)(Carlos Eduardo Valim)
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