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Um projeto livre dentro da comunidade GeneXus

29Julho/2003
"É uma publicação de software livre, com sua licença, com seu projeto de formação de uma comunidade de desenvolvimento em torno -> LiberFarm", explica Harold Stenger.

Você publicou toda a KB em GXOpen?
Fizemos alguns pequenos recortes, por exemplo o relatório de fatura que imprime de acordo com as especificações de determinado cliente, isso não foi publicado porque tinha o nome do cliente, etc. O que era muito personalizado ficou por fora, mas todos os módulos e características do sistema estão dentro, todas.

Qual é a quantidade de objetos que contém?
Entre 800 e 1000 objetos e entre 250 e 300 tabelas. É uma base de conhecimento que me deu muito trabalho fazer e como tudo é melhorável. Comecei a desenvolvê-la com GeneXus em 1996, baseando-me em conhecimentos prévios sobre o negócio de farmácias.

Que características técnicas tem LibreFarm?
Está desenvolvida com uma versão anterior de GeneXus (GeneXus 6.1 patch 5) que é uma decisão pensada. Sempre quisemos trabalhar na plataforma Linux porque oferece uma maior segurança e versatilidade. Fiz uma série de opções técnicas: trabalhar com GeneXus, trabalhar com o gerador Xbase de GeneXus que é um gerador considerado obsoleto na comunidade GeneXus, injustamente considerado obsoleto, porque existem casos nos quais se aplica corretamente.
O caso que encontrei é que, se utilizo um compilador Xbase sob Linus tenho um entorno de produção 100% GNU Linux, e isso é o que vendo ao cliente: a instalação de todos esses terminais, esse servidor, também posso interconectar sucursais com tecnologia Linux e a aplicação funciona nesse entorno. E este é um serviço que se cobra, que dá muitíssimo trabalho quando se faz e por isso se cobra. Quando a gente vai instalar o programa, também oferece serviços associados: de rede, de consultoria, de explicação de como funcionam as coisas, de adaptação do cliente ao sistema e do sistema ao cliente. Depois o cliente nos chama e tem que ter um serviço que justifique economicamente -> empresa que o cliente peça assessoramente, isso forma parte do negócio da empresa e queremos explorar mais toda essa linha de trabalho. O que penso é que a partir disto ?a publicação da KB- vão aparecer mais oportunidades de serviço, oportunidades de serviços diferentes, alguns premium, e também podem surgir mais empresas que ofereçam mais serviços.

Pode vir alguém que tome a KB e proponha uma evolução tecnológica para o produto e também para os clientes.
Pode acontecer e me parece bem. A KB tem uma licença sob a qual está publicada. Todo o software está regido pela lei de copyright, que por si proibe o uso, a cópia, a modificação, etc. Em geral, os produtos proprietários põem uma série de restrições em relação ao seu uso: pode-se usar em tantos computadores, ou inclusive para determinadas coisas, ou de acordo ao país, ou a quantidade de usuários, etc. Esta KB está publicada sob a Licença de Público Geral (GPL) que é um documento legal que diz que você pode usá-lo para qualquer coisa, modificá-lo, copiá-lo.

Pode ser vendido...
Sim, pode ser vendido. A licença explica que pode-se cobrar pela distribuição, quer dizer por tê-lo gravado em um CD e distribui-lo. Mas quanto podem pagar-lhe, se está disponível na Internet? Se você não oferece nenhum valor agregado não serve. Porque se você faz o downloud pela Internet e você não é especialista vai precisar de alguém que o instale, o arme... esses são os serviços dos quais eu lhe falava.

Se alguém melhora o software e o revende ocorre o seguinte: Quando você melhora um software livre, melhora a sua cópia e se não volta a consolidar com a KB anterior você abre a base anterior, faz uma divisão e, se passa o tempo e você continua modificando o software sem consolidar com a KB anterior você vai ter dois produtos diferentes. Isto é um problema, porque se nós conseguirmos armar uma comunidade em torno a LibreFarm e conseguirmos que esta comunidade se mantenha relativamente unida, alguém que tenha saído da comunidade vai ter que manter-se a par com o que a comunidade faça e, manter dois projetos de software por separado é muito complexo, pode ser feito, mas é muito complexo.

De acordo com a licença GPL se integrou outro software ao produto licenciado como GPL, o código integrado passa a ser software livre. É correto?
Sim. A licença diz que se você só grava em um CD um programa livre e outro proprietário, nesse CD você pode pôr as restrições ao programa proprietário e deixar claro que o progrma livre pode ser copiado. Se além de fazer isso, você une um programa proprietário e outro livre, o no caso do GeneXus, você consolida duas KBs, a união é tão forte que necessariamente a licença tem que abranger o resto. Não é que se tente tomar um copyright que não lhe pertence ou licenciar as coisas de outro como este outro não quer, senão que simplesmente se o outro não quer que isso aconteça, então a união não tem que ser tão forte. Essa é uma opção que tem a pessoa que escolhe um software livre para melhorar um software proprietário.
Se eu quero que o meu software proprietário trabalhe com um software livre, por exemplo compartilhando uma base de dados, não uma base de conhecimento, isso não vai afetar a licença proprietária. Mas se somo os programas e os converto em um, compartilhando estruturas de dados em nível de execução com estruturas internas dos programas, isso necessariamente extende a licença GPL ao outro programa ou faz que o outro programa fique sob uma licença compatível com a GPL, que não restrinja as liberdades que oferece a GPL.

Por que você escolheu GXOpen para publicar a KB?
Porque é um site que Nicolás Jodal (vice-presidente de ARTech) fundou com muita visão e lamentavelmente até agora não tinha podido colaborar em nenhum projeto, e este é o nosso apoio ao GXOpen (http://www.gxopen.com) em reconhecimento de que é uma ótima idéia para a comunidade GeneXus.
Até agora os projetos que estão em GXOpen não puseram uma licença concreta sob a qual se possa usar esse software. Os donos das KBs fariam um grande favor licenciando sob a GPL ou BSD esse software. Além disso, GXOpen conseguiu uma exposição tal nos usuários de GeneXus que sabemos que é o melhor lugar onde podemos publicar essa KB. GXOpen dá visibilidade. Por outro lado, o projeto de LibreFarm não é uma coisa chique para um programador, é algo que vai se usar para trabalhar. Esta é um oportunidade para trabalhar em um projeto grande, livre, dentro da comunidade GeneXus.
O software livre por sua vez nos tem dado muitas coisas ?Linux, servidor Web Apache, etc.- esta é uma forma de contribuir com tudo o que nos tem dado o software livre, porque pudemos configurar negócios instalando software de outros, então a partir de agora também vamos poder fazê-lo com nosso próprio software livre. Além disso, é uma forma de levar a conhecer GeneXus na comunidade de software livre, já que se precisa GeneXus para trabalhar com LibreFarm.

Publicado em GXOpen : Projeto GestiónComercialFarmacia
http://www.gxopen.com/main/hproject.aspx?257 

 

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O sistema LibreFarm foi publicado como software livre