"Trabalhamos com o conhecimento puro e esse conhecimento
puro se é certo hoje, será certo amanhã; seja qual for a tecnologia que venha a
se impor", assinalou o Engenheiro Breogán Gonda, Presidente da ARTech durante a
conferência oferecida no encerramento do XV Encontro Internacional
GeneXus.
O engenheiro Gonda afirmou que o presente é um momento de
turbulência na informática. As causas desta turbulência são múltiplas e conduzem
ao momento da quebra do paradigma do desenvolvimento baseado em
programação.
Entre estas causas, Gonda assinalou o aumento da
complexidade dos sistemas que ao mesmo tempo devem se comportar de forma mais
simples. As próprias necessidades dos clientes fazem com que os sistemas
desenvolvidos sejam mais complexos e ao mesmo tempo os milhões de usuários de
sistemas informáticos na Internet requerem simplicidade no uso de aplicações. No
entanto, enquanto a complexidade dos problemas aumenta de forma exponencial, a
produtividade das linguagens de programação está chegando ao seu topo.
"A
curva de aumento de produtividade que oferecem as linguagens de programação tem
uma assíntota horizontal e estamos chegando a ela", afirmou o Presidente da
ARTech. Ou seja, "estamos no final do paradigma do desenvolvimento baseado em
programação manual". A quebra deste paradigma se concretizará em cinco anos no
máximo e devemos estar preparados, acrescentou.
Para tolerar a baixa na
produtividade das linguagens de programação, a indústria do software transferiu
o desenvolvimento para países onde a mão-de-obra é mais barata. "No entanto,
está não é uma solução, é uma forma de estirar o problema", disse Gonda. A
solução que a ARTech propõe é outra: é descrever em vez de programar.
A
soluça da ARTech está baseada na sua própria tecnologia que, como destaca o
Presidente da ARTech, "pôde desenvolver-se porque nós temos conseguido detectar
um âmbito de referência invariável sobre o qual podemos fazer nossas descrições,
por isso podemos aumentar a produtividade, por isso podemos manter
automaticamente as bases de dados".
Com esta tecnologia a ARTech
conseguiu "uma administração automática do conhecimento dos sistemas de negócio
muito boa" que é a sua exclusividade e, em particular, criou GeneXus.
"O
que queremos com GeneXus é resolver todos os problemas de desenvolvimento e
manutenção de sistemas que os nossos clientes têm", explicou Gonda. E esta
solução se concretiza em quatro dimensões: a completitude (manter
automaticamente tudo o que é gerado) a produtividade (de GeneXus sobre o
desenvolvimento de sistemas a mão) a universalidade (gerar para qualquer
plataforma) e a usabilidade da ferramenta de desenvolvimento (que GeneXus seja
fácil de usar).
O Presidente da ARTech repassou a história de GeneXus e
recordou que faz 15 anos GeneXus entrou no mercado gerando 70% dos programas
para uma única plataforma (AS/400 da IBM) com um aumento importante de
produtividade, maior usabilidade e mantendo automaticamente a totalidade dos
programas gerados.
Em 1992 a ARTech consegui gerar com GeneXus 100% da
aplicação, todos os programas e mantê-los para sempre. E o aumento da
produtividade então, foi potencialmente de 5 a 1, assinalou o presidente da
ARTech, que explicou que a produtividade sempre é um potencial, porque se trata
de uma ferramenta que se pode usar bem, regular, ou mal. A usabilidade melhorou
também nesse momento, mas ainda era geradas só para AS/400.
Foi a partir
de 1996 que a ARTech fez geradores Cliente/Servidor para os principais
servidores de bases de dados e com o aparecimento e posterior aperfeiçoamento da
Internet com Java e .NET- e a ARTech conseguiu dar -> ferramenta GeneXus 100% da
universalidade. "Conseguimos gerar para qualquer plataforma viva, para qualquer
plataforma para a qual se fizessem sistemas novos", afirmou
Gonda.
Depois, em 2004, em vez de oferecer com GeneXus um aumento da
produtividade de 500% com relação ao desenvolvimento a mão, a ARTech se propôs
uma meta muito mais ambiciosa: conseguir um aumento de 200% na produtividade. E
se propôs oferecer aos seus clientes este aumento de produtividade em duas
entregas: GeneXus 9.0 a nova versão de GeneXus que implica um aumento potencial
de 100% da produtividade da versão anterior (2 a 1) de GeneXus e a próxima
versão de GeneXus nome código Rocha-que outra vez multiplicará a produtividade
por dois.
A matéria pendente é a usabilidade, observou Gonda e
advertiu que mesmo que leve muito tempo, o caminho para obtê-lo está
claro.
A ARTech hoje tem 5000 clientes, em 31 países, que compraram 30
mil licenças. Esta é a força da ARTech, enfatiza seu Presidente: "A sinergia da
comunidade das quase 50 mil pessoas que ao redor de todo o mundo vivem de
GeneXus. Essas quase 50 mil pessoas, de 5 mil empresas, geram automaticamente
com GeneXus, por ano, várias centenas de milhões de dólares por ano. Essa é a
nossa força".
Além disso, recalcou que existe uma enorme oportunidade
para a comunidade, para que cada um possa fazer seu GeneXus, adaptá-lo, aportar
o que necessite porque GeneXus é cada vez mais aberto. "Nós também somos mais
abertos e se alguém está resolvendo bem o problema de administração do contexto,
se a comunidade o necessita, em vez de que nós o façamos se alguém já o fez,
vamos promovê-lo. Temos a mentalidade fazer e a tecnologia para que se faça",
afirmou.
"A realidade é somente a parte do sonho que concretizamos em um
dado momento. não abusemos das realidades. Sonhemos!", propôs o Presidente da
ARTech ao concluir sua conferência.
(da conferência do Presidente da
ARTech, Engenheiro Breogán Gonda, no encerramento do XV Encontro Internacional
Genexus.)