O XX Encontro GeneXus teve um momento dedicado especialmente ao Twitter graças à palestra "Café e Twitter", levada adiante por Gabriel Icasuriaga, Alejandro Cimas, da Artech e Víctor Villar, da Montevideo COMM.
Um bom número de twitteiros provenientes de diversos ramos, desde empresas de tecnologia ou marketing a simples entusiastas desta rede de micro blogging, debateram alguns aspectos da ferramenta que significou o maior salto no mundo 2.0 do nascimento do Facebook, gerando uma rede de "viciados" numa fidelidade espantosa.
De fato, a palestra foi inaugurada formalmente depois que Icasuriaga explicou: "Olá, meu nome é Gabriel Icasuriaga e faz cinco minutos que não twitteio". Entre café e café, e com os dispositivos móveis deixando cair um tweet atrás de outro, os assistentes começaram debatendo quais são os usos e perfis da comunidade Twitter.
Em primeiro lugar, foram distinguidos aqueles considerados "evangelizadores", referentes em determinadas áreas que conseguem um número grande de adeptos e geram uma maior fidelidade. Entre os perfis mais evidentes dos usuários, destacaram-se "os que geram, os que leem, e os que replicam a tudo". Estes últimos, caracterizados por twittar permanentemente e por honrar a frase "agora ir ao banheiro não é mais tempo morto", são os identificados com "perfil exibicionista".
Usos e abusos
Cada um dos assistentes explicou seus próprios motivos para se iniciar no mundo do Twitter e o tempo que levam usando esta rede (cerca de ano ou ano e meio para a maioria). Enquanto para alguns o interesse pelo Twitter surgiu como "uma necessidade de compartilhar links e informações interessante" como assinalou o engenheiro Víctor Villar, para outros o disparador foi simplesmente a curiosidade ou uma necessidade empresarial. Por exemplo, para "saber o que a gente fala dos produtos da empresa e a concorrência".
Uma conclusão a que se chegou é que as pessoas reclamam muito do Twitter, mas que, no entanto reagem bem quando uma voz da empresa lhes responde e interage com eles, assinalando o feedback como o símbolo da Web 2.0 e particularmente do Twitter.
Quanto à frequência do uso, a palestra "Café e Twitter" deixou em claro um aspecto: o alto nível de dependência que gera esta rede social. Desde "para mim é uma dependência" até "é o primeiro que faço quando acordo" ou "uso a cada momento que posso", os assistentes voltaram para piada do começo, declarando sua culpabilidade pela crescente dependência que significa Twitter uma vez que alguém compreende bem o que ele significa.
Twitter versus Facebook
Na palestra surgiu naturalmente a rivalidade entre o Twitter e Facebook, embora não se trate de duas redes sociais exclusivas e que muitos mantenham com regularidade suas contas em ambas. Ecoando a frase "Facebook é um lugar para amigos que se tornaram estranhos e Twitter para estranhos que se tornaram amigos", a maioria não duvidou em assinalar que os perfis de quem usa ambas as ferramentas são muito diferentes.
Twitter está mais vinculado à informação e à comunicação, com uma maior profundidade e uso forte na social mídia. Por sua vez, está focado a usuários mais avançados, que são mais técnicos e mais velhos que os do Facebook, que na opinião de Icasuriaga, por exemplo, "é mais leve e insípido" que o Twitter.
Sob a premissa de que "as melhores ideias podem se expor em 140 caracteres", grande parte dos assistentes mencionou a capacidade do Twitter para transmitir ideias, a interação e gerar fidelidade entre os "seguidores". Comparou-se a modo de exemplo os distintos critérios de valorização de um "retweet" frente a um simples "eu gosto" de um estado do Facebook.
Algumas das repercussões desta palestra podem ser seguidas através dos próprios perfis do Twitter dos três principais participantes: @masternet @cimasan e @vrvillar